"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

sábado, 1 de outubro de 2011

SACRIFÍCIO DE ANDRÔMEDA

“Tungado” do blog http://leniltonmorato.blogspot.com/2011/04/o-sacrificio-deandromeda.html do Cap Cav Lenilton Morato. A imensa vantagem da esquerda sobre as forças conservadoras (ou de direita) é que aquela é infinitamente mais bem organizada e articulada do que estas, mesmo sendo a minoria do pensamento de todo povo brasileiro. O artigo Gado Fardado tem sido interpretado por alguns como sendo a prova de que nossas Forças Armadas estão acovardadas e que os comandantes militares perderam sua coragem. O “post” é passível desta interpretação, mas não é exatamente a mais correta. O texto não é uma afirmação, mas uma análise de como o silêncio pode ser visto como falta de pulso, de coragem. Afinal, fica por demais complicado de se entender por que nossos chefes se calam diante de tamanha falsificação da história brasileira, que é, diuturnamente, incutida na cabeça de nossa juventude universitária, de onde sairão formadores de opinião e líderes de todos os setores. É claro que existem oficiais, subtenentes e sargentos marcados com a ideologia do partido. Mas estes compõem a minoria dos integrantes de nossas Forças Armadas. O problema é que o silêncio destas acaba por deixar margem para interpretações equivocadas. E é justamente isto o que os por antigos desafetos, a segurança interna e as garantias individuais sejam respeitadas. O movimento de 31 de março de 1964 não foi articulado pelos militares. Não saíram dos quartéis pura e simplesmente para acabar com a ameaça comunista. Eles atenderam ao clamor popular da época, pelo fim de atos de violência praticados pelo PCB e, especialmente, pela ameaça à propriedade privada sinalizada pelas reformas de João Goulart. Por trás de cada homem fardado estava (assim como hoje está) a vontade popular, a defesa do Brasil como nação livre que, por pouco, não se tornou mais uma república popular comunista, com seus fuzilamentos, assassinatos e fome generalizada. Hoje, pode parecer que os comandantes militares se acovardam diante do “status quo”. E foi justamente esta a essência do “post” "Gado Fardado", que, para quem enxerga de fora, nossos militares estão marcados e castrados, fruto do silêncio da instituição a respeito daqueles conturbados anos e da situação atual. O problema é que a verdade precisa ser redescoberta pela população. É preciso que grupos de pessoas se reúnam, se organizem em busca dos fatos que ocorreram na nossa história recente. É preciso que se criem grupos de estudos conservadores que não tenham vergonha de sê-lo. Aqueles que possuem o conhecimento precisam difundi-lo e mostrar para nossa sociedade que ela não está sozinha, que, por mais que a esquerda tente impor sua ideologia como sendo a vontade popular, a maioria conservadora brasileira estará atenta e organizada para, pelo voto, por artigos em jornais, produção cultural e partidos políticos devolver o País a seu verdadeiro caminho. Enquanto isto não acontece, os militares permanecem em silêncio, mas certos de suas convicções. De nada adianta a caserna se revoltar e retomar o poder à força, pois, quando o fizer, estará perdendo a sua credibilidade. É preciso que a sociedade dita civil se levante contra a doutrinação moral e ideológica que a envolve. Assim, os aparentes gados fardados nada mais são do que a representação do grande rebanho brasileiro. Enquanto a população não despertar do transe, os cidadãos fardados nada poderão fazer. Os sargentos, os oficiais, os chefes e os comandantes militares, aparentemente acovardados, não se esqueceram dos valores que moldam nossa sociedade. Não se esqueceram dos horrores do comunismo e estão a par do que acontece em nosso País. Entretanto, não podem simplesmente agir e conjuntura. Defendem, como já disse, as instituições, não as pessoas que as representam. Como a princesa Andrômeda fizera pelo seu povo, oferecendo a vida a Poseidon, sacrificam seus ideais em prol de algo maior que é a estabilidade da nação. Resistem, como rochas, a toda sorte de críticas e provocações para manter viva a possibilidade de mudança sem derramamento de sangue. Mesmo amarrados por correntes invisíveis que restringem seus movimentos, os comandantes militares jamais deixaram de acreditar naquilo que sempre defenderam, sem se preocupar se sua determinação, coragem e honra serão questionadas. Suas convicções não serão abaladas por isso; não podem abalar-se por isto. Precisam cumprir o seu juramento de defender a integridade e as instituições da Pátria, mesmo que custe a sua vida ou a sua reputação. Em algum tempo, a verdadeira história irá surgir. Em algum momento, pesquisadores sérios deixarão o mundo das ideias e partirão para a prática, organizando o difuso, porém majoritário, pensamento conservador. Em alguma hora, a maioria da população irá organizar-se para resgatar aquilo que mais de 20 anos de governos de esquerda subtraíram de seus direitos, de sua moral e de sua religião. E, pelo voto e pelo despertar da hipnose, os verdadeiros representantes da maioria irão ascender aos cargos mais altos do poder. Quando este dia chegar, lá estarão os militares, prontos a legitimá-los e a defendê-los, como sempre fizeram. Tal como Andrômeda, o sacrifício não terá sido em vão.

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