"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

MENTIRAS À MANCHEIA

“Um iPad para cada aluno”, Fernando Haddad, um governo depois de ter prometido um note book para os mesmos estudantes. “Quero ser julgado logo”, Zé Dirceu. “Não me venham com novos impostos para a saúde”, Dilma. “Eu não sabia de nada”, o ex, imortalizando a desculpa perfeita. “O PIB vai crescer 3%, mas vou me esforçar para chegar a 4%”, Dilma, de novo. “Eu não sabia que haviam desvios de conduta no ministério”, Pedro Novais, o ex-ministro do Turismo, repetindo seu ídolo em não deixar rabo preso à mostra (mas deixou). “Uma legenda não pode se comprometer por causa de uma pessoa”, Waldir Raupp, colocando a cabeça de Pedro Novais numa bandeja de latão para tentar salvar a imagem putrefata do PMDB, já comprometido por milhares de pessoas. “Vou trabalhar pelo povo”, geral. “Diminuiu a violência no estado”, Jaques Wagner e Sérgio Cabral, em uníssono. “Você são verdadeiros heróis e heroínas. Cada meta atingida é um crime a menos e um cidadão salvo a mais “, Sérgio Cabral, na solenidade que deu prêmio de 50% aos policiais pela diminuição mentirosa da criminalidade, meses depois de rejeitar aumento por heroísmo real dos bombeiros. “Aquecimento global”, Al Gore numa mentira recorrente, como se um dia a Terra tivesse temperatura e clima estáveis. “A corrupção não é maior no governo petista, apenas passou a ser mais combatida pela Polícia Federal”, um mantra entre todos os vermelhinhos da base acéfala. MST, uma das mentiras que vem ruindo aos poucos. Percebe-se, devagar, mas constantemente, que esses terroristas rurais querem renda e não terra. Não são poucos e nem possíveis de serem elencadas sequer pela metade as mentiras da esquerda, dos incolores seus comparsas imóveis e da imprensa que reproduz os releases das assessorias de imprensa sem checarem os dados. Pior, muitas das mentiras proferidas são tidas como verdades pelos seus emissários. Já dizia Chesterton, “nunca discuta com um louco, ele sempre tem razão”. Não entenda mal, sábio leitor. A razão do louco está em sua própria loucura e não se sustenta na realidade. O filósofo Olavo de Carvalho chama a isso de paralaxe cognitiva. A diferença entra as “razões dos loucos”, de Chesterton, e a paralaxe cognitiva, de Carvalho, está na intenção. As mentiras de nossos dirigentes e seus asseclas vermelhos podem ser razões de loucos, se o sujeito deveras acredita nas mentiras que fala e aí há uma intercessão com a paralaxe cognitiva. Porém, quando a mentira tem o propósito de enganar, é um engodo previamente planejada e tem propósitos escusos para a massa privada do poder de análise e interesse, deixa de ser razão de louco, mas safadeza de sãos. Mentir sobre uma prática ideal, como por exemplo a lisura no exercício da atividade pública, enquanto se beneficia da fortuna da viúva é a paralaxe cognitiva em sua essência. E assim se comporta a quase totalidade da esquerda. Os caras ignoram a realidade, o senso crítico exterior, as diferenças entre o discurso e a prática e tentam proliferar suas mentiras pelo país e pelo mundo – vide Barak Obama, Al Gore, Zapatero, Fidel Castro...- contando com a ignorância coletiva. Pior, conseguem. Gramscianamente criaram o politicamente correto, levando a massa ignara a tratar aqueles que saem dos trilhos traçados por esse mundo certinho de Hollywood ou das novelas globais, dos democratas americanos e dos petistas brasileiros, da revista Caras e das entrevistas das celebridades nescafé, aquelas que são feitas em três minutos e consumidas de um gole, de maneira mais cruel do que eram tratados os leprosos nos tempos de Cristo. Aliás, não existem mais leprosos, agora são apenas hansenianos. O grande legado de Maluf, maquiavelicamente justificado, foi o “rouba, mas faz” e esta práxis generalizou-se de cima para baixo e o rebutalho humano que é roubado repete a defesa dos ladrões que o presenteia com uma rua asfaltada ou uma escola pintada de branquinho. Na era lulista e, queira Deus, pós-lulista em andamento, o “rouba, mas faz” foi substituído por “mente, mas acaba com a pobreza” e o terrível “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

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