"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NÃO HÁ LUZES EM PORTO ALEGRE

Então é natal... E, conforme notícias que recebo da terrinha, a capital gaúcha parece não se importar muito com isso. A decoração natalina da cidade é pífia, restringida aos centros de compras e às fachadas de algumas residências. O poder público não está muito preocupado em decorar as ruas, praças e prédios públicos com a típica decoração que caracteriza essa época. Lamentável e triste, porém não surpreendente. Este tipo de comportamento é cada vez mais comum tanto nas atitudes de nossos governantes quanto de nossa população.
Esta mudança de comportamento não iniciou-se ontem. Porto Alegre, e o Estado do Rio Grande do Sul, como um todo, tem passado continuamente por um processo de desconstrução comportamental e engenharia social. Cada vez mais, os valores tradicionais são corroídos por intermédio da infiltração progressiva de uma ideologia retrógrada e alienante que torna a população alheia a tudo aquilo que representa a "antiga ordem burguesa" em nome de uma nova ordem que nada mais é do que a desconstrução total de todas as crenças e valores que nos impelem a fazer uma decoração natalina, ou cuidar de um jardim ou monumento público por exemplo.
Por outro lado, seria arriscado fazer da capital gaúcha uma cidade iluminada pelas luzes de natal. A probabilidade de depredação é muito grande, basta verificarmos o estado de conservação de qualquer benfeitoria, desde telefones públicos quebrados e pichados até estátuas e placas destruídas ou roubadas. Assim, fica complicado de se saber: ou a cidade está apagada por omissão do poder público ou por temor de ter sua decoração destruída, como é de praxe acontecer na capital dos revoltadinhos.
O fato é que a cidade está morna, apagada, sem vida. Nem parece que chegou o natal. E a culpa é de quem? Ora, os culpados são exatamente as pessoas que estão nos governando. São eles que aprovam leis como a que proíbe os pais de educarem seus filhos. São eles que saem a dizer nos jornais que um estudante não pode reprovar em sala de aula, que a polícia é violenta e que os bandidos são "vítimas da malvada sociedade". Os culpados são, também, toda essa corja de educadores, filósofos, jornalistas pedagogos e tutti quanti que retiram as noções de responsabilidade de nossos estudantes e a autoridade dos pais e professores.
A quebra e ataque sistemático aos valores de família, religião, responsabilidade e respeito traz à tona uma leva de jovens e adultos sem qualquer preocupação com a preservação de tradições que nos acompanham a mais de 2000 anos. Para estas pessoas, o natal não é uma celebração do nascimento de Cristo, mas uma mera festividade capitalista e que por isto deve ser combatida.
Não é difícil de se constatar este tipo de mentalidade. Basta lembrar do episódio do relógio dos 500 anos do Brasil que foi destruído por um bando de acéfalos, mera massa de manobra utilizada pelo pessoalzinho da esquerda, onde tudo é símbolo do imperialismo norte-americano, exceto o que foi erigido pelo partido.
Não há luzes em Porto Alegre, e não só luzes de natal. Não há luzes, sequer lampejos, de inteligência ou de esperança em recuperarem-se os valores que sempre caracterizaram aquele povo como gaúchos, especialmente o apego às tradições. O povo do Rio Grande sempre foi ligado muito às tradições, sempre foi um povo conservador. Infelizmente parece que está se esquecendo disto. Estão sendo seduzidos cada vez mais por discursos demagógicos que envenenam suas cabeças. Mesmo as lideranças conservadoras são cada vez mais rarefeitas, silenciadas e acovardadas.
Vestir bota e bombacha não torna ninguém tradicionalista. Tradicionalismo está na alma e no coração, mas eles já foram entregues à sedutora melodia do "novo mundo é possível".

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