"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

BASTA DE BOI, BESTAS E BOSTAS DE VAZAMENTOS!

Governo de coalizão - baseado em partidos que se juntam apenas pelo fisiologismo- normalmente redunda em colisão. Ainda mais quando os principais partidos do esquema desgovernista (PT e PMDB) são especialistas em fabricar dossiês de intrigas contra seus supostos aliados, companheiros de partidos e, lógico, contra aqueles que consideram inimigos. O “fogo amigo” queima até o rabo e o filme do mais santo diabinho político. Nem sendo imortal se escapa da chamuscada. Vide o exemplo vivíssimo do companheiro José Sarney. O acadêmico presidente do Senado contratou a consultoria carioca Prole para fazer uma pesquisa e apontar como seria possível melhorar sua imagem pessoal perante a opinião pública. O probleminha é que Sarney não gastou um tostão de seu rico bolso para pagar pelo serviço. Os R$ 24 mil saíram dos cofrinhos do Senado Federal. E o que acontecerá com Sarney por este pequeno uso de dinheiro público para fins particulares? Nada! O mesmo deve acontecer com a etroleira Chevron – responsável por um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil. A transnacional alega que cometeu um erro e cálculo na injeção de lama pesada para impedir o retorno do petróleo. Mas a Polícia Federal investiga se a falha não foi outra – bem mais grave. Suspeita-se que a Chevron tenha perfurado além da profundidade permitida no Campo de Frade, para atingir, sem permissão, a camada pré-sal. Logicamente, a empresa nega a sujeirinha. Triste é a imagem do oceano de óleo vazado há 12 dias, sem que um esquema de emergência para conter, depressa, o problema. A “sorte” é que o poço vazado fica a 120 Km do litoral do Rio de Janeiro. Se fosse mais perto, e a corrente marítima se dirigisse na direção da terra firme e não do oceano Atlântico, teríamos uma tragédia ambiental de proporções inimagináveis.
No alto-mar, as baleias jubarte e outros bichos devem ser afetados. Problema para o Bob Esponja. Só causam espanto a timidez do Greenpeace em fazer festinha contra o problema, e a nossa abestada e amestrada mídia eletrônica que minimiza o desastre o máximo que pode. Até quando tal omissão controlada vai durar só o Grande Geólogo do Universo pode nos dizer.
Tentando sobreviver politicamente no mar de lama que a cerca na Ilha da Fantasia do Podre Poder, a Presidenta Dilma Rousseff ainda não se pronunciou, de forma contundente, sobre o tema. Queria o quê? A ex-presidenta do Conselho de Administração da Petrobrás nem fala direito sobre o vazamento do escândalo Gemini. Que dirá falar mal da Chevron – outra sócia minoritária da estatal de economia mista na exploração daquele poço onde ocorreu o vazamento.
O desgoverno petralha, na verdade, está com medinho é de outro vazamento. Teme-se o troco pela troca de “fogo amigo” que queima Carlos Lupi e que já incinerou outros cinco ministros em onze meses de gestão da ex-guerrilheira e ex-brizolista Dilma Dynamite (como lhe chamam os coleguinhas da The Economist e Newsweek). A próxima vítima dos vazamentos de corrupção seria ninguém menos que Fernando Haddad – o ministro da Educação que Lula impôs como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2012.
Nosso povo sem memória já não canta, com tanta freqüência, as músicas de Noel Rosa. Mas todos – com ou sem maldade – se perguntam: “Onde está a honestidade? Onde está a Honestidade?”. Ainda bem que a Dilma sancionou a Comissão da Verdade. Quem sabe ela não vai descobrir quem se deu bem com a grana roubada do cofrinho do Ademar e de tantos outros assaltos a bancos ocorridos nos tempos da guerrilha urbana e rural que queria implantar o comunismo no Brasil, nos anos 60 e 70? Quem sabe... Pena que já não esteja entre nós o comandante da Inteligência do Departamento da Ordem Política e Social naqueles tempos que a Comissão da Verdade promete vasculhar. Do contrário, o ex-senador Romeu Tuma seria obrigado a revelar quem era o “Agente Boi”. Seria terrível descobrir a verdadeira identidade do sindicalista que se escondia neste bovino codinome. Seria tenebroso revelar como o Boi (sempre cheio de fogo) mugia, naqueles tempos de dita-dura, para praticar seu “fogo amigo” contra supostos aliados e inimigos.
Deus queira que Tuma e o “General" Golbery (criador da criatura Boi) não vazem da camada pré-sal para fazer tais revelações. Seria tão assustador quanto o vazamento de óleo na Bacia de Campos. Ou mais linfomático que o vazamento de dossiês na Esplanada dos Ministérios fisiológicos da companheira Dynamite...

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