"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

OS PREJUÍZOS DO BRASIL COM O GÁS NATURAL LIQUEFEITO

O gás natural liquefeito (LNG) no Brasil pode ser obtido de algumas fontes, das nossas reservas, boa parte ainda inexploradas, principalmente na Região Amazônica, das regiões onde hoje temos apenas uma pequena produção, como em Sergipe, e a partir do gás associado. Sem contar o metano produzido por biodigestores.
O gás associado é produzido nos poços de petróleo, como na Bacia de Campos, a maior parte é queimada, isso ocorre nas plataformas, razão pela qual vemos em todas elas o flare (tocha) alto. Outra parte é reinjetada nos poços para aumentar a produção de crú.
Quando mencionamos o gás natural começamos a determinar os inúmeros problemas no Brasil, a começar pela dependência, desnecessária do gás boliviano, a perda de divisas, onde a Petrobras não apenas perdeu recursos com as refinarias estatizadas, mas também com a forma e os contratos efetuados para o transporte do gás da Bolívia para o Brasil... Tema que daria o impeachment de outro presidente da época.
Quanto ao gás brasileiro, este deveria estar sendo explorado, ou o sua exploração planejada. Como é feito, ou deveria ser feito, como ocorre na África junto a empresas principalmente francesas, temos os poços de gás, onde o mesmo é incialmente purificado, dele sendo retiradas frações pesadas, como metano, água, propano, mercaptanas e outros componentes. Isso se dá por pressão e liquefação destes componentes.
Em seguida os traços de água, metano, propano e outros gases são retirados através de leitos de peneiras moleculares, zeólitos, que adsorvem reversivamente estes produtos. A grosso modo podemos dizer que as peneiras moleculares funcionam como a sílica gel que também é um adsorvedor, no caso é muito usado em remédios, equipamentos eletrônicos e ópticos, como nas câmaras fotográficas de muitos profissionais.
Uma vez tendo o gás natural purificado este é comprimido e pelo efeito Joule-Thomson, assim como se produz oxigênio, nitrogênio e argônio a partir do ar atmosférico, é liquefeito. No caso dos derivados do ar ainda temos uma etapa posterior, criogênica, de destilação.
Resultado, temos assim próximo dos pontos de produção, veja bem, produção, o Liquefied natural gas or LNG, ou gás natural liquefeito (predominantemente metano CH4), que é transportado com facilidade para diversos pontos próximos ao consumo, onde é então vaporizado, com as frigorias aproveitadas para a produção de derivados do ar. O transporte pode ser feito por navio, chatas, ferrovia e, quando aplicável, através do transporte rodoviário. O transporte rodoviário é a última opção. Repito: O transporte rodoviário é e deve ser a última opção, pois é de todos o mais caro.
Como vemos além das denúncias do Engenheiro Vinhosa, que procedem, temos outros prejuízos que são debitados dos brasileiros e do meio-ambiente:
1. Deixamos de ter uma maior concorrência na produção de gases derivados do ar, pois as frigorias geradas poderiam ser aproveitas na sua produção, vale lembrar que o mercado destes produtos não é pautado pelo libre mercado, mas por um oligopólio quebrado por algumas empresa brasileiras, como a IBG, mas linge de ser o ideal. Neste segmento temos como um dos principais consumidores os hospitais, como o oxigênio hospitalar.
2. Deixamos de produzir o gás natural no Brasil, com a evasão de divisas para a Bolívia, hoje a principal fornecedora de cocaína, pasta de coca, crack e outros produtos similares para o Brasil, mas isso também não preocupa os brasileiros, pois a violência e as drogas não são igualmente nosso problema. Mas este assunto nos faria enveredar em outro tema, no caso a ingerência do Foro San Pablo na política do Brasil, da Argentina, da Venezuela, ... e da Bolívia, onde elegeram um índio cocalero que atua no Brasil e defende aqui seus interesses à margem da lei.
3. Temos a questão ambiental, mais grave ainda, pois boa parte do gás associado poderia, em vez de ser queimado ou subaproveitado ser disponibilizado para a produção de LNG.
4. Temos a questão do transporte de GLN, que se dá através das rodovias, quando poderia ser feito por navio ou ferrovia, com custos menores.
5. E temos um segmento onde não estamos investindo, principalmente o de geração de metano através de biodigestores, logo então iremos importar tecnologia da Alemanha ou os seus equipamentos, pois lá as pesquisas e o uso do metano está muito mais avançado.
Poderia elencar inúmeras outras vantagens, além do desenvolvimento desta tecnologia no Brasil, a de liquefação, pois no futuro deveremos ter a produção cada vez maior de metano, que é o mesmo que o gás natural, a partir de biodigestores, com o aproveitamento de nossos resíduos, como esgoto doméstico, orgânico, etc...
O futuro estaria em criarmos uma incubadora tecnológica nesta área, dos bio-digestores e de pequenas plantas de produção de LNG, assim teríamos para o futuro a produção do Gás Natural Veicular (GNV) e do gás para as usinas térmicas, que hoje complementam a nossa matriz energética.
A questão é ou seremos de fato brasileiros e defendermos nossa soberania ou nos sujeitarmos a uma pandilha que nos invade o mercado com todos os derivados possíveis das folhas de coca e que aqui igualmente sustenta um participantes de um cartel ou de uma empresas que já foi brasileira, hoje tomada como cabide político através do nepotismo e do aparelhamento do Estado.
Temos além do denunciado outros problemas: divisas perdidas para um pais que hoje nos invade com drogas e aqui destrói nossa juventude, com o aumento da violência para o qual concorre; poluição ambiental, com o aumento do efeito estufa; detrimento do livre mercado, o qual privilegia sempre o consumidor, o cidadão.

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