"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

segunda-feira, 5 de março de 2012

O Amor

Não me venha Vinicius com essa história de amor infinito enquanto dure... se é infinito é também eterno.
Não me venha Drummond com essa história de o primeiro amor passou... se passou não era amor.
Não me venha Rachel de Queiroz dizer que o amor começa a morrer no dia que nasce, o amor não é apenas uma célula (ou, como diria Deleuze, são organismos que morrem, não a vida).
Não me venha Gautier dizer que só a arte é eterna, nenhuma arte se constrói fora do amor.
Não me venham tantos outros falar do amor verdadeiro, amor falso não é amor.
O que o meu coração se lembra todas as manhãs são as palavras do mais sábio de todos os homens, Salomão, que escreveu: "As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam."
O que meus poros exalam em todos os momentos são os versos de Becquer:

Podrá nublarse el sol eternamente;
Podrá secarse en un instante el mar;
Podrá romperse el eje de la tierra
Como un débil cristal.
¡todo sucederá! Podrá la muerte
Cubrirme con su fúnebre crespón;
Pero jamás en mí podrá apagarse
La llama de tu amor.

E todos os dias seu amor, enche a minha mente de poesia, mas o que é poesia mesmo??

¿Qué es poesía?, dices mientras clavas
en mi pupila tu pupila azul.
¿Qué es poesía? ¿Y tú me lo preguntas?
Poesía... eres tú.

Obrigado por me dar essa certeza o tempo todo.

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