"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia.Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas.Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo
que mutilá-lo."Carl Jung

sábado, 19 de setembro de 2009

O líder que pensa

O líder que pensa Se liderança já é um tema difícil de escrever, imagine exercê-la. O trabalho de um líder é semelhante ao de um pai, que deseja que seu filho estude, se desenvolva, aprenda a vencer obstáculos, que se mantenha motivado e cheio de energia. E, assim como o comportamento do filho sofre constantes mudanças, a do liderado, ou da equipe, também. Poderíamos falar horas e horas sobre liderança, porém, neste artigo, vou tratar de um aspecto objetivo e simples da liderança: as atitudes do líder. Muitos líderes pensam que há duas partes bem definidas na organização: o líder e os liderados. Engano puro. Um está constantemente influenciando o outro por meio de gestos e idéias. Podemos dizer que os dois se misturam, querendo ou não. Já ouviu dizer que a empresa tem a cara do chefe? Motivo este que a probabilidade de um filho se tornar fumante quando o pai é, torna-se muito maior do que se o pai não for adepto do tabaco - mesmo quando o filho é adotivo, deixando de lado os aspectos genéticos. O “líder que pensa” é aquele que não age apenas por instinto. Todo o tempo ele envia estímulos para a equipe. É aquele que sabe que a prática do exemplo é muito mais eficaz que a teoria. Não faz nenhum sentido pedir que a equipe chegue às 9h, se o líder chega às 10h30. O psicólogo americano Frederick Herzberg fez uma pesquisa para descobrir o que motiva e o que desmotiva uma pessoa. Neste estudo, que resultou em sua teoria motivação-higiene, o termo "reconhecimento" ficou em segundo lugar nos fatores que levam à extrema satisfação. Infelizmente o que mais vemos nas organizações são líderes que só param o que estão fazendo para punir um membro da equipe, e só se lembram de reconhecê-los na reunião de metas do fim do mês. O “líder que pensa” premia e elogia a equipe sempre que se fazem merecedores. No começo, no meio ou no fim do dia. Quantas vezes forem necessárias. Quando reforçamos um bom comportamento, aumentamos a probabilidade do mesmo ocorrer. Lembre-se: o que é dito é facilmente esquecido. O que é feito é aprendido. O “líder que pensa” age de forma consciente, produz estímulos deliberados e se preocupa muito mais com o bem-estar e a satisfação da equipe, do que com a punição. Um 'líder que pensa' ganha autoridade por mérito e não por imposição e, assim, é tratado como todo pai gostaria: com admiração e respeito.

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